5.13.2008

second - everyone smokes outside the house

estou aqui.
de volta dos livros e destas janelas todas que estão à minha frente.
sento-me numa cadeira virada para a rua.
vejo as pessoas a passar e os carros a andar.
há qualquer coisa de fascinante nos prédios.
nunca vivi num, e esse é o primeiro motivo.
Descobri hoje que tenho grande admiração por eles.
É incrível a capacidade de colocar num sítio muito pequenino toda a nossa vida.
Por exemplo:
a utilidade que se dá às varandas
colocamos baloiços para os filhos;
máquinas de exercício para nós;
esplanadas;
chapéus de praia;
estendais em cada 20 cm;
autênticos jardins botânicos facilmente confundidos com oásis;
tanques...
and so on and on
Depois ficamos com três brasileiras a fumar sentadas nas cadeiras da esplanda;
uma miudita a andar em pé no baloiço;
ninguém no exercício;
varanda imperceptível devido à invasão dos 15 estendais nos míseros 10 metros de comprimento;
ninguém a usar o tanque...
Curioso.
Há uma velhinha por baixo das brasileiras que de vez em quando sai para a varanda e fica a andar uns 10 minutos, de um lado para o outro, d e uuumm laaaaaa do
p ara o
out ro

só assim.
E o casalinho do andar ao lado joga ténis na varanda que tem vidro a tapar.
As brasileiras no entanto são as únicas que mostram vida. Ora fumam, ora bebem, ora conversam enquanto o sol bate lá.
O resto, anda tudo adormecido. Estores corridos. Cortinados fechados, calados, abafados.
E eu aqui sentada, esperando ver uma cena de sexo escaldante, uma discussão com pratos e cadeiras, uma toalha a cair para a rua.
E ya..
sou uma rapariga chata para ser vizinha de alguém...mas no entanto sou fácil de aturar dentro de casa .
Portanto, sim, tens toda a razão para estares cheio(a) de saudades minhas.
beijinho

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