9.26.2007

Littlest Things

Dor de cabeça e tonturas.
Sintomas de demasiada merda na cabeça.
Crises de existência.
Crises de infância mal vivida (pergunto-me..)

às vezes pergunto-me porque é que a sílvia está sempre de mau-humor..
às vezes sem saber e, quando era pequenina, devo-lhe ter feito alguma coisa..
gritado com ela
hum..sei lá
às vezes tento aproximar-me dela
conversar
mas sou sempre empurrada
ou calada
talvez tenha sido por isso que chorei nas semanas a seguir a ela ter casado
parvoíce
mas de alguma sentia-me frágil
olhava para eles os dois e tinha uma enorme vontade de os abraçar e dizer que estava mesmo feliz por os ver juntos, cheios de sorrisos
não lhes disse directamente
limitei-me a oferecer um presente cheio do meu amor
às vezes julgo que não tenha sido compreendida
bem..falta ganhar coragem e dizer que quero viver com ela
quem sabe lá pra' fevereiro
i wonder..
e agora dorme ela num hospital
e eu
choro
cheia de saudade
cheia da falta de alguém para conversar
de alguém a quem possa enviar um postal pelo correio e assinar «portugal» por baixo da minha morada
às vezes queria ter tudo de volta
os sorrisos
as saudades que matava quando as férias chegavam
às vezes queria viver muito longe daqui
bem..muito longe também não
a umas duas horas e meia de distância ou três chegava (mas de avião)
pelo menos para sentir aquele arrepiozinho na barriga
às vezes gostava de ter uma vida assim paradinha
vender flores em paris
pro's lados do notre-dame
ou então itália
suspiro
se tudo fosse assim tão fácil. desejar e ter
tudo no mesmo dia
acho que passaria a vida a rir
ah.
apercebi-me que sorrio muito
às vezes sem razão
só porque não gosto de estar sisuda à frente de alguém conhecido
e ultimamente consigo mudar facilmente a minha tristeza para alegria se estiver com um amigo
o que dantes não acontecia
hum..
se calhar antes era mais verdadeira do que agora
mas agora toda a gente anda num estado...sei lá. apagado talvez
adormecido
em que se fala
e só se manifesta reacções quando a conversa é ordinária ou demasiado deprimente
mas hoje conversei com uma senhora dos seus 57 anos talvez
passámos as famílias a limpo
as distâncias
as mortes
as amizades que se criaram e já não existem...
o que eu acho disto tudo é que sou muito nova para perder de vista as pessoas de quem gosto


e agora quero ir dormir.
descansar esta cabeça e o corpo que me pede cama


1 comentário:

belisca-me